O que preocupa os CEOs em 2023? KPMG lista maiores problemas

O estudo Perspectivas do CEO para 2023 indica que a geopolítica e a incerteza política são os principais riscos percebidos neste ano

A  consultoria internacional de gestão KPMG conduziu uma pesquisa recente com mais de 1.300 CEOs das maiores empresas do mundo para reunir insights sobre suas maiores preocupações. O estudo Perspectivas do CEO para 2023 indica que a geopolítica e a incerteza política são os principais riscos percebidos neste ano (e não estavam na lista das cinco principais preocupações no estudo do ano passado). 

O clima político aquecido agora permeia o local de trabalho, incluindo a politização de iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG).

Além disso, temos:

  • Inflação e as taxas de juros recordes que aumentam os custos para as empresas e consumidores;
  • Batalhas entre o trabalho remoto e o presencial;
  • Crimes cibernéticos e a adoção ética da inteligência artificial;
  • Gestão das exigências dos acionistas e stakeholders.

E  ainda existem questões pendentes que envolvem complicações na cadeia de abastecimento e escassez de mão de obra.

Do lado positivo, a confiança nas perspectivas econômicas globais para os próximos três anos é semelhante à do estudo do ano passado – pouco mais de 70%. 

Quase 80% dos CEO relatam que a inflação muito elevada e os aumentos das taxas de juro do Federal Reserve Bank (FED, o equivalente ao Banco Central nos Estados Unidos) podem levar a uma recessão mundial. 

Infelizmente, cerca de 77% dos CEO consideram que a escalada dos custos de vida exercerá uma pressão descendente sobre a prosperidade das empresas nos próximos anos. “O que considero tranquilizador é que, apesar dos muitos desafios macroeconômicos e geopolíticos, a confiança global a médio prazo permanece relativamente robusta”, diz Bill Thomas, CEO global e presidente da KPMG International. “Há um consenso de que podemos, com o tempo, retornar a um caminho de crescimento internacional e sustentável a longo prazo”.

Planos de retorno ao escritório
De acordo com a pesquisa, muitos CEOs ainda têm a mentalidade pré-pandemia em relação ao local de trabalho físico. Cerca de 64% dos executivos preveem um retorno total ao trabalho no escritório nos próximos três anos. No entanto, quase 90% dos executivos reconheceram que oferecer razões válidas, como incentivos financeiros e oportunidades promocionais, levará as pessoas de volta aos escritórios.

Priorizando ESG
O estudo revela que quase 70% dos CEOs são defensores de práticas ESG.

Cerca de 35% estão cada vez mais interessados em partes específicas do ESG e priorizando as agendas que tenham impacto. Os CEOs estão cientes de que muitos stakeholders são conectados com isso e 64% acreditam que o público espera que as empresas ajudem a liderar as mudanças sociais. “Para os CEOs, a oportunidade de impulsionar o retorno a um planeta mais equitativo e bem-sucedido está bem diante de nós”.

IA generativa
A pesquisa acompanha o interesse geral na IA generativa. Os CEOs estão investindo em IA para obter vantagem competitiva, já que 70% estão priorizando o aproveitamento da tecnologia para permitir que os funcionários trabalhem de forma mais eficiente, uma vez que não ficarão atolados em responsabilidades rotineiras e de baixo impacto. 

Mais de 50% dos entrevistados preveem colher os frutos dos seus investimentos dentro de três a cinco anos. Existem, no entanto, algumas preocupações. Os CEO salientaram o potencial para desafios éticos, a falta de supervisão regulamentar e os custos envolvidos.

  • Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO, fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento e consultoria de carreira.

(Traduzido por Fabiana Corrêa)

Fonte: Forbes

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