Green Skills: Empresas exigem cada vez mais funcionários que possuam “habilidades verdes”

Entenda o que são as habilidades verdes e porque as empresas começam a mapear esse tipo de profissional

A conscientização ambiental, a busca por práticas sustentáveis e as metas das organizações para se tornarem net zero, ou carbono neutras, são conceitos já bastante disseminados na sociedade. E, diante desse cenário, os profissionais precisam se atualizar – e talvez sobre isso se fale menos.

Nesse contexto, cresce a demanda pelas chamadas “green skills”, que compreendem os conhecimentos e as competências necessárias para um trabalho ser executado com responsabilidade ambiental e social.

Um novo estudo, realizado este ano pela empresa de soluções para força de trabalho ManpowerGroup, mostrou que 34% das organizações já iniciaram o processo para entender e definir os requisitos para empregos verdes ou funções que exigem “green skills”. O passo seguinte, segundo a Manpower, seria iniciar as contratações.

Vagas que mais exigem “green skills”

Os empregadores que participaram da pesquisa responderam que encontrar profissionais qualificados é o maior desafio desse processo (56%). Entre as vagas abertas, as áreas que mais exigem “green skills” são as de TI e dados (43%), operações e logística (37%), manufatura e produção (37%) e administração e suporte de escritório (34%).

Wilma Dal Col, diretora de gestão estratégica de pessoas e responsável pela gestão de talentos do ManpowerGroup Brasil, comenta que a necessidade de desenvolver “green skills” se torna o grande desafio das companhias e dos institutos de ensino. “É essencial que elas estejam na pauta da estratégia das empresas e na formação dos profissionais, pois sem treinamento, desenvolvimento e educação, será pouco provável que as organizações consigam efetivamente ter uma economia verde”, afirma.

Em resumo, é preciso ter talentos capacitados. O porém é que o mercado ainda está em uma fase de aprendizagem sobre as habilidades verdes, afirma Dal Col, entendendo qual vertente faz mais sentido para cada setor de atuação. 

“Algumas empresas que podem e trazem uma contribuição maior nessa área, provavelmente buscarão essas habilidades nas profissionais mais ligadas a questões ambientais. Empresas do segmento de serviços, varejo ou outros mais focados nas questões sociais possivelmente buscarão essas habilidades nos profissionais considerando áreas mais sociais e de diversidade e inclusão, o “S” do ESG. Talvez, segmentos financeiros tenham uma mescla, uma vez que podem ter ações de favorabilidade para investimentos e facilidade financeiras para empresas com responsabilidade ESG consolidadas e comprovadas em seus balanços.”

Aliás, um relatório sobre “green skills” feito pelo LinkedIn mostra que boa parte dos trabalhos que requerem as habilidades verdes não são, tradicionalmente, empregos verdes.

Ainda que os cinco empregos verdes com crescimento mais rápido entre 2016 e 2021, em termos de crescimento anual, sejam gerente de sustentabilidade (30%), técnico em turbinas eólicas (24%), consultor solar (23%), ecologista (22%) e especialista em saúde e segurança ambiental (20%), há outros tipos de trabalhos, não relacionados diretamente às áreas verdes, que também crescem quando se fala em exigência de “green skills”. Aqui, entram funções que vão desde gerente de conformidade (19%) e gerente de instalações (11%) até técnico representante de vendas (8%).

Nesse sentido, vale esclarecer alguns conceitos que o próprio LinkedIn traz:
 

Competências verdes ou “green skills”: são aquelas que permitem a sustentabilidade ambiental das atividades da economia;

Empregos verdes: são aqueles que não podem ser realizados sem amplo conhecimento de habilidades verdes;

Trabalhos ecológicos: podem ser realizados sem habilidades verdes, mas normalmente exigem algumas habilidades verdes;

Empregos não verdes: são aqueles que não exigem que habilidades verdes sejam colocadas em prática;

Talento verde: profissional que adicionou explicitamente habilidades verdes ao seu perfil ou currículo, ou pessoa que está trabalhando em um emprego verde e faz uso das “green skills”.

Ainda de acordo com o LinkedIn, hoje, um em cada oito profissionais ao redor do mundo tem uma ou mais habilidades verdes – e isso, na avaliação da plataforma, está muito aquém da necessidade do mercado. Afinal, entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, os anúncios de emprego no LinkedIn que exigem ao menos uma competência verde cresceram 15,2%. Por fim, a taxa média de contratação para profissionais com ao menos uma “green skill” é 29% maior do que na média da população geral.

Fonte: Exame

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