Cinco aprendizados que a comunicação interna tiraram dessa pandemia

Ainda é cedo, mas já podemos aprender algumas lições com os últimos meses e traçar táticas para nos reinventarmos intermamente.

Ainda é cedo para falarmos que já está claro como será o “novo normal”, mas certamente já podemos aprender algumas lições com os últimos quatro meses e traçar táticas para nos reinventarmos.

Dentre os diversos atores que cumpriram um papel essencial durante a crise, a comunicação interna das empresas ganhou um posto de destaque. Contar com uma CI estruturada e atuante se tornou crucial para manter o engajamento e a produtividade, alinhar as mensagens e cuidar da saúde mental dos profissionais e da cultura organizacional. Tudo isso se tornou fundamental para manter a reputação positiva e contribuir para que as empresas continuem caminhando neste momento. Para muitas companhias, nem todos os planejamentos funcionaram ou conseguiram seguir com sucesso, mas ainda há tempo de repensar novas rotas e aprender com o que já passou.

Abaixo, listo cinco aprendizados que a comunicação interna teve com a covid-19:

1 – Estratégia humanizada: pessoas em primeiro lugar. Esse foi um aprendizado que muitas empresas tiveram durante o pico da pandemia. Nunca se discutiu tanto a necessidade de uma cultura interna humanizada e estratégias que olham com mais atenção para a saúde física e também mental dos colaboradores. Principalmente neste cenário, onde muitas pessoas se viram afetadas. A comunicação tem que ter um papel de empatia.

De acordo com a quinta edição do Estudo Global de Tendências de Talentos, a experiência do funcionário é a principal prioridade do RH e 58% das organizações estão passando por mudanças para se tornarem mais centradas nas pessoas, mas ainda apenas 29% dos líderes de RH têm uma estratégia de benefícios de saúde e bem-estar estruturada. Por isso, é importante continuar desenvolvendo essa estratégia mais humana, para que isso vire comportamento diário em todas as corporações.

2 – Adotar a transformação digital:  a quarentena e a mudança para o modelo a distância representaram também uma passagem forçada para o digital. Empresas que já estavam preparadas para esse transformação se saíram melhor e outras precisaram se adaptar rapidamente. Do ponto de vista estratégico, todas as soluções inovadoras tecnológicas, como por exemplo o Zoom e outras ferramentas online, foram responsáveis por manter muitos negócios funcionando.

Com as restrições de deslocamento e mobilidade, o RH e a comunicação interna precisaram se modernizar para atingir todos os colaboradores fora do espaço físico. O resultado? Cerca de 90% das empresas intensificaram o uso da comunicação digital com a criação de canais, plataformas e redes sociais corporativas.

3 – Comunicação transparente: a crise trouxe um momento de muitas incertezas e a comunicação se mostrou essencial para trazer não apenas conforto, mas direcionamento para toda a equipe. Uma comunicação constante e principalmente transparente durante um momento de crise mostra aos colaboradores que eles não estão sozinhos e que a companhia está ciente e preparada para lidar com todos os possíveis cenários. A transparência na comunicação também está diretamente ligada a sensação de confiança entre a equipe e a liderança, interferindo diretamente na produtividade e engajamento.

4 – Capacidade de analisar e prever cenários: um período de crise deixa evidente como um bom planejamento pode ser um diferencial. Se em um primeiro momento o susto da pandemia fez com que diversas companhias corressem para revisitar suas estratégias, agora muitas já se sentem mais preparadas e capazes de analisar os diversos cenários e se preparar para o que pode surgir. Para esses dias, só podemos contar com o imprevisível e a capacidade de lidar com as mudanças está entre as habilidades que todos os gestores e líderes tiveram que desenvolver.

5 – Flexibilidade: se hoje o home office se tornou uma prática comum e até mesmo definitiva para muitas empresas, essa transformação só aconteceu devido a necessidade do distanciamento social. Uma Pesquisa da startup Pulse concluiu que 78% dos brasileiros se sentem mais produtivos trabalhando remotamente. Outro estudo, do Capterra, software da consultoria Gartner, detectou que, para 70% dos gerentes, as empresas poderiam funcionar em seu pleno potencial com uma equipe totalmente remota.

A flexibilidade do modelo de trabalho ainda vai ser pauta no pós-pandemia. Muitos falam sobre um possível modelo híbrido, entre presencial e home office, enquanto outros preferem a prática a distância como opção prevalente. Nessa discussão, existe um consenso frequente: as mensagens precisam atingir os colaboradores além do espaço físico do trabalho.

A comunicação interna certamente vai se tornar ainda mais estratégica daqui para frente. Novas formas de comunicação devem ser adotadas para suprir as necessidades do mercado de trabalho. Dar voz aos colaboradores, estimulando o sentimento de pertencimento e que aproxime a empresa e seus colaboradores será cada vez mais importante.

Por André Franco é CEO do Dialog.ci, startup responsável por desenvolver uma plataforma online de comunicação interna e RH para melhorar o engajamento dentro das empresas

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